Durante uma missa realizada neste domingo (24), o padre Júlio Lancellotti, conhecido por seu trabalho com a população em situação de rua em São Paulo, respondeu a uma declaração do Frei Gilson, frade carmelita e cantor conservador. Em uma entrevista recente ao canal Brasil Paralelo, Frei Gilson mencionou a prática de rezar o Santo Rosário às 4h da manhã como forma de penitência na Quaresma, alegando que essa oração matinal seria seu sacrifício espiritual devido ao seu gosto por dormir.
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Em seu sermão, Lancellotti criticou a ideia de uma fé que não se reflete em ações práticas e concretas. "Você pode rezar às 4h da manhã e, às 6h, chutar um morador de rua", afirmou, destacando que a fé verdadeira deve estar acompanhada de compromisso com os mais necessitados.
O padre também lembrou que a oração deve ser traduzida em ações para ajudar os pobres. "Quantos pegam o metrô com uma marmita que estraga no calor e não têm o que comer?", questionou. "Precisamos rezar, mas também viver o que rezamos. Não adianta rezar e depois não servir aos mais fracos e vulneráveis."
Reforçando sua mensagem, Lancellotti citou Madre Teresa de Calcutá: "As mãos que ajudam são mais benditas do que os lábios que rezam", destacando a importância da solidariedade e da justiça social como pilares da prática religiosa.
A declaração de Lancellotti reflete sua contínua defesa dos direitos humanos e sua crença de que a verdadeira espiritualidade está intimamente ligada à ação social.