
Santa Catarina permanece na liderança nacional quando o assunto é mercado de trabalho. Dados divulgados nesta sexta-feira (14) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) mostram que o Estado mantém a menor taxa de desemprego do Brasil no terceiro trimestre de 2025 e também se destaca pelo alto número de trabalhadores formais e pelo baixo índice de informalidade.
Com taxa de desocupação de 2,3%, o Estado registrou 107 mil pessoas desempregadas entre julho e setembro. O número representa queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando havia 128 mil catarinenses sem trabalho. Já na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve leve aumento — em maio, junho e julho, o total era de 101 mil pessoas, com taxa de 2,2%.
Informalidade segue como a menor do Brasil
Santa Catarina também mantém o menor percentual de trabalhadores atuando sem carteira assinada: 24,9%, o equivalente a cerca de 1,1 milhão de pessoas. A taxa está bem abaixo da média nacional, que chega a 37,8%. Apesar de seguir na liderança, houve discreto avanço em relação ao trimestre anterior, que marcava 24,7%.
O Estado tem 6,75 milhões de pessoas em idade de trabalhar, um aumento de 99 mil em comparação com 2024. Desse total, 4,45 milhões estão ocupadas. O nível de ocupação é de 66,1%, perdendo apenas para o Mato Grosso (67,1%). A média do país é de 58,7%.
Quem não trabalha nem procura emprego
O grupo de pessoas que não está trabalhando nem buscando uma vaga permanece em cerca de 2,2 milhões, sem variações relevantes. A taxa de desalentados — pessoas que desistiram de procurar emprego — está em 0,3%, o menor índice entre todos os Estados.
Renda cresce e SC aparece entre os maiores salários do país
A renda média mensal dos trabalhadores subiu de R$ 4.097 para R$ 4.199 entre o segundo e o terceiro trimestre. Na comparação anual, o aumento é de 10,1% — em 2024, o valor era de R$ 3.815. A média nacional está em R$ 3.507.
No ranking brasileiro, Santa Catarina ocupa o segundo lugar em maior renda média, atrás apenas do Distrito Federal, onde o rendimento é de R$ 6.145. Entre as capitais, Florianópolis lidera, com média de R$ 6.807, seguida por Brasília e Curitiba.
A soma das rendas de todos os trabalhadores catarinenses atingiu R$ 18,549 bilhões, alta de 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
