
O advogado de Jair Bolsonaro (PL) pediu para o ex-presidente ser internado nesta quarta-feira (24) em um hospital particular de Brasília para fazer uma cirurgia na quinta-feira (25), dia de Natal.
Bolsonaro cancelou a entrevista que daria nesta terça-feira (23), ao portal Metrópoles. O cancelamento foi informado pelo próprio Bolsonaro, em um bilhete, segundo o veículo de comunicação. “Informo que não concederei entrevista nesta data, por questões de saúde”, escreveu o ex-presidente.
Seria a primeira entrevista dele após ser preso, em 22 de novembro. Ele cumpre pena na superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, após ser condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por participação em tentativa de golpe de Estado.
O ex-presidente passou por perícia médica há cerca de uma semana. Médicos do Instituto Nacional de Criminalística da PF concluíram que o ex-presidente tem hérnia inguinal bilateral e precisa de cirurgia.
Laudo diz que a cirurgia é eletiva, não se trata de um caso de urgência ou emergência. Mas os peritos recomendaram que o procedimento fosse realizado “o mais breve possível”, para evitar agravamento do quadro.
“Não há, em nenhum relatório médico ou exame disponibilizado, a indicação de cirurgia de urgência ou emergência, considerando que não há descrição de encarceramento ou estrangulamento da(s) hérnia(s) em nenhum momento, inclusive até a realização da presente perícia”, observaram os peritos criminais.
Na perícia médica realizada na última quarta-feira (17), os especialistas da PF indicaram a necessidade da cirurgia em razão das falhas dos tratamentos médicos já realizados por Bolsonaro.
“(O ex-presidente) Afirma que foi submetido a vários esquemas terapêuticos, tanto medicamentosos quanto alternativos (acupuntura e eletroestimulação), sem melhora”, relataram no laudo.
Após a PF confirmar o diagnóstico das hérnias, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou Bolsonaro a passar por uma cirurgia para retirá-las. Mas o ministro negou a conversão da prisão em regime fechado em domiciliar humanitária.
