Dia de sol, família reunida na praia, crianças brincando na areia, os pais descontraídos, quando de repente, a cena feliz pode se transformar em um verdadeiro filme de terror. É cada vez mais constante o registro de crianças que desaparecem nestas situações. Elas saem para brincar e acabam se perdendo dos pais.
A tubaronense Alessandra Carradori, presenciou uma cena típica de criança perdida neste domingo, 26, em Laguna. Ela estava com sua família à beira-mar, quando viu uma criança pedindo ajuda para procurar seus pais. Neste momento, a simples atitude de um ambulante com auxílio de banhistas ajudou a mãe reencontrar sua filha. “Ele colocou a criança nos ombros e começou a bater palmas. Quem estava perto também começou a fazer o mesmo até que através do som que chamou a atenção, a mãe conseguiu encontrar a filha. Foi rápido e eficaz”, relata Alessandra que tem dois filhos.
Ela comenta que as praias da região estão cada vez mais lotadas e esse cenário dificulta a localização devido à aglomeração de pessoas e guarda-sóis. “Já sabia desse método e ajudei com as palmas. Isso deveria ser adotado por outras pessoas para facilitar nessas horas que são de desespero para os pais e para a criança”, pontua.
Bata palmas!
É prática comum em outros países, como na Argentina, banhistas baterem palmas ao localizar uma criança perdida na praia, criando um alerta sonoro aos responsáveis. O método, ao que parece, já está conquistando os brasileiros. A técnica já ajudou uma criança perdida a reencontrar sua família na praia de Itaipu, em Niterói, no Rio de Janeiro e também está sendo usada nas praias de Santa Catarina.
Bater palmas é mais aconselhável do que sair procurando pela pessoa perdida, pois isso pode gerar desencontros. A ideia é eficaz por ser um sinal de fácil identificação a longa distância, mesmo quando as pessoas estão em movimento.
O Comandante do Corpo de Bombeiros de Imbituba André Correia Araújo, informa que o ato de bater palmas não é uma metodologia promovida pela corporação, mas reconhece que a ação auxilia na hora do encontro da criança. “Esse tipo de método não é institucional. Começou em algumas praias de grandes centros e foi se espalhando pelo Brasil. É algo que funciona”, diz.
Ele reforça que a orientação oficial do Corpo de Bombeiros é em caso de se deparar com uma criança perdida, a mesma deve ser encaminhada ao posto guarda-vidas, que é o local ideal para localizar o menor.
O comandante ressalta que o Corpo de Bombeiros Militar está distribuindo pulseirinhas de identificação para as crianças. Elas estão à disposição nos postos de guarda-vidas das praias.
“Lembramos que a atenção dos pais deve ser redobrada ao saírem com as crianças nas praias, pois é um ambiente propício para eventuais perigos.A orientação caso alguém encontre uma criança perdida nas praias é leva-la ao guarda-vidas mais próximo. Em caso de emergência, entre em contato com o Corpo de Bombeiros pelo 193”.
Foto:Vinícius Nadena