Planta foi descrita pela primeira vez em 2020. A espécie habita rochas úmidas ao longo das margens dos rios, em locais permanentemente úmidos devido a constantes respingos e é aparentemente resistente a inundações ocasionais
Estreitamente endêmica da Mata Atlântica subtropical, a Ludwigia humboldtiana (Onagraceae) foi localiza em Corupá, no Norte de Santa Catarina, e descrita pela primeira vez em 2020.
A espécie habita rochas úmidas ao longo das margens dos rios, em locais permanentemente úmidos devido a constantes respingos e é aparentemente resistente a inundações ocasionais.
A planta é classificada como criticamente ameaçada de extinção, de acordo como a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
"A espécie a primeira vista parece uma planta comum, praticamente todas as espécies mais comuns de Ludwigia na nossa região (nome popular Cruz-de-malta) tem flores grandes, com quatro pétalas e amarelas", explica o biólogo mestre em botânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), consultor em curadoria do Herbário Barbosa Rodrigues em Itajaí, Luís Adriano Funez.
Descrita pela equipe catarinense, o achado foi publicado na revista científica internacional da Nova Zelândia Phytotaxa.
Segundo Funez, os detalhes que chamam atenção são o hábito mais rastejante da planta e os caules que apresentam alas, ou seja, extensões de lâmina foliar ao longo do caule. "Isso não ocorre em outra espécie do mesma seção no gênero, mas é comum em plantas de um grupo distinto dentro do mesmo gênero", disse.