O governo de Santa Catarina decretou, na noite de quinta-feira (12), estado de emergência em saúde pública devido ao aumento expressivo de internações causadas por gripe. A medida tem caráter administrativo e visa agilizar a abertura de novos leitos de UTI, além de permitir a contratação de leitos na rede hospitalar privada.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Diogo Demarchi, já foram criadas novas unidades de terapia intensiva em hospitais públicos de Indaial, Criciúma e Itajaí. Simultaneamente, o Estado negocia a compra de vagas em hospitais privados da região da Grande Florianópolis.
Demarchi afirmou que 25 dos 27 Estados brasileiros estão em alerta em razão da alta de casos graves de Influenza A. Ele também reforçou a importância da vacinação, que segue disponível para a população.
O que diz o decreto
O Decreto nº 1.031, publicado oficialmente em 12 de junho de 2025, reconhece a situação anormal no território catarinense e aponta a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) como causa principal da crise nos hospitais. Segundo o texto, há superlotação nas UTIs neonatais, pediátricas e adultas, o que representa risco significativo à saúde pública.
A normativa autoriza a Secretaria de Estado da Saúde a:
Realizar requisição de bens e serviços de entidades privadas, com ou sem fins lucrativos;
Editar regras complementares necessárias para o enfrentamento da emergência.
O decreto entra em vigor na data da publicação e tem validade por 180 dias.